Merda! Eu tinha tudo arquitetado, um caminhão roubado quando eles esquecessem e a princesinha era meu troféu. É obvio que não teria graça nenhuma, mas pelo menos minha parceria com os inabaláveis e prósperos Bonuccis estaria firmado e nada daria errado nos negócios, agora esse palerma de advogado entra no meu caminho, ando a apressado até meu loft próximo ao centro, onde comprei só para ficar as voltas com a garota; há uma raiva acumulada me cegando. Quando chego a calçada sou atropelado por um corpo pequeno e espivitado, a trombada me tira o rumo pois para não cairmos seguro a pessoa com força, esmagando a contra mim no intuíto de proteger de uma queda a nós dois.
_ Mas que merda! Uma voz fina e irritada, uma cabeleireira loira, espalhada no meu peito, uma bela ragazza, com a boca suja, devo ter cometido algum mau dos grandes porque, a baixinha está brava? Seria comigo?
_ Desculpe eu não a vi. Faço a idiotice de pedir desculpas porque ela parece bem nervosa.
_ Caralho! Aquele imbecil passou a mão nos meus peitos, aí eu dei uma joelhada forte nele, e errei, o cara queria me pegar a força, sai correndo e, cacete! perdi minha bolsa, ele, queria abusar de mim, um idiota, eu só conversei com ele porque a Dayse me largou lá.
Santo Dio agora a canarinha começou a falar sem parar, uma porção de informações, que não fazem muito sentido, só entendi que estava fugindo.
_ Venha aqui gostosa, ainda não terminei, escuto a voz se aproximando e as pequenas mãos me apertarem mais e seus olhos suplicarem por algo, não sei o que fazer então embarco na loucura e beijo a boca da baixinha. A garota apesar de bem jovem, chupa minha língua e explora minha boca, apertando o corpo ao meu, sinto seu perfume almiscarado agradável, mando a merda meus problemas, e seguro sua nuca conduzindo o beijo, ela geme e os preciosos peitos que não podem ser apalpados estão durinhos se esfregando em meu peito; a cabeleireira loira e macia está emaranhada em meus dedos.
Nos afastamos e a safada suspira.
______ Obrigada moço, eu acho que estou livre. Ela olha para os lados e tem o olhar perdido.
_ Sou Dante Villaza prazer. Dou um tempo para que se apresente.
_ Dulce Martin prazer.
_ Está sozinha Dulce?
Ela dá de ombros e afirma com um gesto. Me sinto responsável por ela, a garota é linda e gostosa, de boca fechada faz um cara perder a cabeça realmente. Não me importo é só uma carona.
_ Quer uma carona Dulce?
_ Aceito Dante, eu perdi minha bolsa. Ela conta e começa a chorar tudo para melhorar a minha vida, eu mereço.
_ Calma baby, não fica nervosa. Consolo sem o menor jeito para isso.
_ Calma? Onde acha que vou dormir sem minha bolsa para pagar o hotel? Eu não tenho para onde ir.
Isso literalmente me pega de surpresa, não vou deixar a canarinha sozinha na rua.
_ Quer ficar aqui no meu loft essa noite?
_ Aceito, durmo no sofá está ótimo.
Entramos e ela solta aquele assovio clichê o fiu...fiu. A garota é muito moleca, estou até em dúvida se é normal ou falta uns parafusos.
Deixo a no quarto ao lado do meu e sigo para o canto improvisado do escritório, sirvo me uma dose dupla de Whisky porque esse dia pede algo mais forte.
O que mesmo que eu precisava fazer? Já nem lembro o que fazia aqui, hoje foi um dia de merda tudo dando errado e...
_ Dante, licencinha; eu vim avisar que peguei uma camiseta sua emprestada para dormir e pedir desculpa por ser espaçosa, lá em casa todo mundo reclama disso. Primeiro quase engasgo com o Whisky olhando as pernas leitosas da canarinha, depois um alarme desperta em minha cabeça,a família dessa moleca estará preocupada com ela?
_ Onde é sua casa Dulce?
_ Um pouquinho longe, tipo assim...vim da Rússia. A coisa só piora;
_ Com os pais?
_ Oh não, moro com as meninas, as cinderelas; dona Antonella nos deu uma vida melhor.
_ Cafetina?
_ Não, não! entendeu tudo errado; Caralho! pareço uma puta?
Fica nervosa solta palavrões sem dó, já estou me acostumando com a canarinha, acabo sorrindo a baixinha é uma tentação, mas sinceramente ela está certa não parece puta, só me deixou com um incômodo nas calças que ela nem percebeu.
_ Desculpe Dulce estou tentando, entender.
_ Moro com amigas, tipo uma família de irmãs.
_ Isso significa que você não tem como voltar?
_ Eu dou um jeito; vou ter que ligar para dona Antonella e ouvir um esculacho, mas eu mereço, quem mandou ser burra, e olha que eu só queria conhecer uma danceteria, não ficar me agarrando com homem é... nós não nos agarramos na rua a propósito, foi só uma ceninha para enganar aquele safado.( uma ceninha gostosa penso comigo) ... eu nem sabia beijar, obrigada por me iniciar, foi meu primeiro beijo. Seu sorriso encantado agora, despido da carranca me deixa zonzo, ela parece ter muitas mulheres dentro de uma só. Inocente, infantil, brava, boca suja e doida, não tem filtro na língua e frágil. O estranho é que por mais louco que eu esteja ficando, não vou largar a canarinha por aí, adiarei meus planos por uns dias, para deixar a baixinha na casa.
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Obrigada por ler Esposa troféu.
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