Sinopse
Evan Smith é um policial solitário, se encontra residente na Califórnia após pedir transferência de seu trabalho há dez anos por conta de uma separação dolorosa por traição flagrada de sua esposa Kate e Jobs seu primo é amigo de infância.
Hoje às feridas fecharam mas não há lugar para o amor apenas o trabalho e o esporte ocupam seu tempo.
Lilyth Carter, uma alegre e doce garota que estuda muito e trabalha durante o dia e cursa durante a noite, sobram contas, falta-lhe dinheiro vai trabalhar numa casa noturna de garçonete e aí ela conhecerá o coração de pedra mais lindo que já viu. Imaginem no que isso vai dar?
As vezes flores escolhem pedras para ficarem suas raízes!
Não deixem de ler essa linda história de amor.
COMPLETO.
Prólogo
Lilyth estava concentrada na aula faltavam poucos minutos para acabar o período e ouviu um burburinho atrás dela...
__ A mãe dela é uma vadia... __ dizem que a avó morreu de desgosto. __ aposto que com essa cara de santinha essa ruivinha não vale nada Carl.
Então percebeu que o assunto era ela e que Hillary falava abertamente sobre sua vida a quem quisesse ouvir, seus olhos queimaram a verdade distorcida doía em seu coração, pobre Lilyth ficou sozinha pois sua mãe encontrou um brasileiro por quem se apaixonou e foi para o Brasil com ele, ela era assim impulsiona apaixonada uma romântica incurável e facilmente confundida com mulher vulgar por sua mania de não parar com namorado nenhum... A avó morrera realmente por um problema cardíaco que carregava a muito tempo.
Lilyth estava sozinha, e lutava com unhas e dentes pois sonhava em terminar seu curso e atuar nas escolas como psicóloga infantil diagnosticando os déficits de aprendizagem. E embora a maldade das pessoas a incomodasse não era isso que lhe tirava o sono; mas as inúmeras contas que uma casa tem mais o custo da sua graduação, isso fervilhava em sua cabeça e não bastasse as habituais contas apareceu uma dívida com um agiota que ela não sabe se é verdadeira e sempre recebe bilhetes em sua caixa de correspondência alertando sobre o tempo que lhe falta para pagar.
Mas hoje foi um dia que ela ficou incomodada com as fofocas de Hillary pois Carl era um rapaz bonito, talvez fosse um bom namorado... Embora Lilyth nunca tivesse se apaixonado por alguém ela o idealizava como um dos mocinhos dos inúmeros livros de romance que já havia lido, como o Damian de Apenas diga que me ama ou Mike de O guardião, poderia ser como Dominic em A redenção do rei... Enfim poderia se encaixar pelas suas características agradáveis, era um bom moço; mas aquelas borboletas no estômago eram fictícias ela tem certeza, afinal é muito forçado para ser real mas não fazia ideia de como se sentiria se amasse alguém um dia e se achava tão sem graça perto das morenas e loiras que não alimentava esperança por um homem desses de tirar o fôlego.
Foi encerrada a aula e Lilyth caminhou lentamente pelas calçadas da Califórnia afinal demoraria algum tempo para possuir um carro.
Uma coisa lhe chamou atenção um folheto oferecendo vaga para garçonete noturna somente aos sábados na casa de shows Playhouse pensou consigo que seria uma ótima oportunidade para ganhar um extra e talvez fosse legal já que não tinha costume de sair para baladas poderia encontrar novos amigos no trabalho conhecer pessoas diferentes e ganhar um extra. Decidiu-se rápido iria para entrevista na data anunciada.
Seguiu feliz para sua casa.
Chegando lá se deparou com um aviso na caixa de correspondência.
" Oi linda logo virei pegar meu pagamento, Lauren foi generosa oferecendo uma belezinha como você em troca de míseros oito mil dólares"
Sentiu seu corpo arrepiar-se de pavor, que tipo de monstro aceitaria uma mulher como pagamento, será que trabalharia como escrava, morreria devagar nas mãos de um cruel assassino ou seria usada como uma prostituta a última ideia a fez se encolher de pavor, imaginando quão horrível seria perder sua virgindade com violência. Espantou esse pensamento não ficaria em silêncio procuraria um distrito policial e denunciaria quem quer que a estivesse ameaçando, não estudaria para pagar as contas da cabeça dura de sua mãe. Assim Lilyth dormiu mergulhada em pensamentos de como resolver as várias situações dificies que apareciam em sua vida como cogumelo brota no chão, sem saber de onde vem e por que está ali.
.....
Após seis horas de sono Lilyth estava em pé atenderia na padaria Bon'apitet localizada na rua Belmont a duas quadras de distância, onde ela chegava antes das sete para entregar quase uma centena de pacotes de pães até às dez depois era tranquilo, almoçava por ali mesmo. Um cliente lhe chamou atenção próximo ao meio dia, um homem maduro, sério de olhos verdes, usava um perfume masculino delicioso seu rosto corou quando ele olhou para sua direção e a flagrou babando por ele. Sua voz era intimidadora e sentiu sua pele arrepiar-se por ele, o que havia dado nela? se perguntava, o homem lindo que a deixou de pernas bambas poderia ser casado mas a olhou profundamente sem disfarçar e não parecia um descarado qualquer, tinha personalidade, sério, lindo e extremamente sexy a deixou nas nuvens dos mocinhos dos livros.
Pediu apenas dois pães e um pote de requeijão, além de algumas balas de menta. Lilyth nunca ficou curiosa por um homem tanto quanto por esse. Mas afinal será que ele notou Lilyth naquele canto ou será que foi coisa da cabecinha sonhadora da ingênua garota de apenas vinte anos?
As quatro horas da tarde ela voltou para casa, como normalmente fazia todos os dias de segunda a sexta-feira.
Aqueles olhos verdes ainda voltava a seus pensamentos hora ou outra como flashes, o que o tal homem tinha ela descobriria numa outra ocasião jamais prevista nem nos sonhos de Lilyth. Lembrou-se que seu patrão o chamara de senhor Smith mas qual seria seu nome, a curiosidade corroía lhe. Ao entrar em casa foi cuidar de Lot seu gatinho de estimação e único companheiro. Mais tarde enfrentaria mais um dia na universidade e queria chegar cedo para sentar se longe de Hillary.
Certas coisas não tem volta.
Levantei
tarde, o trabalho noturno é desgastante, conduzir homens bêbados longe
da família, fiscalizar prostituição juvenil, conter o tráfico e atender
ocorrências de furto, ou brigas de marido e mulher, a maldita mania de
traição que destrói famílias todos os dias, ontem foi a vez de um pobre
transportador de móveis chegou mais cedo na casa e encontrou a mulher
com outro; eu sei muito bem o que ele estava sentindo é um ódio tão
grande que você quer matar mas não quer sujar as mãos com aqueles merdas
na sua frente. Acalmei o e encorajei-o a esquecer, partir pois tinhas
as crianças que precisavam da casa no entanto ele não precisaria
conviver com as lembranças, pois sabemos que certas coisas não tem
volta.
Evan se deparou com sua geladeira vazia, comum a dos homens que vivem sozinhos afinal a coisa que geralmente menos gostam de fazer é por as mãos na massa para cozinhar, teria que sair em busca de algo para satisfazer-lhe a fome e lembrou que havia uma padaria no início do bairro vizinho, era bem movimentada com certeza teria pão fresco. Sem pressa tomou um bom banho para espantar a preguiça, colocou seu preto habitual, e um perfume cítrico que ganhou da mãe no aniversário, pois Evan hoje em dia não chega a ser desleixado mas já não se importa com a aparência e nunca cogitou a ideia de impressionar alguma garota, acredita que desperdiçou a oportunidade de encontrar uma boa moça para casar entre os dezoito e vinte anos agora ficaria solteiro e acreditava que estava bem assim; afinal com quase trinta anos estava maduro e já não acreditava nas mulheres, pois Kate derramou um veneno irreversível em seu coração... o medo de ser enganado novamente. Não era um antisocial, gostava de jogar golfe, boliche e ir a playhouse nos sábados de folga, as vezes saia com mulheres para um sexo casual, nunca com a mesma, mas na verdade não se sentia feliz quando fazia isso era só instinto masculino o impulsionando, já estava habituado a solidão mas nunca se deu conta que isso o machucava e cada dia que passava ele era mais frio e indiferente aos colegas de trabalho e as pessoas em geral, ele estava ficando amargo e quando lhe perguntavam se tinha namorada ele apenas respondia que seu coração era fechado e não corria o risco de cometer essa besteira.
Entrou em seu carro preto e partiu para padaria...
Aguardava na fila com os olhos fixos na diversidade de pães e bolos seu estômago já estava roncando, imaginava todas aquelas gostosuras na mesa e um bom bule de café, hum seria perfeito, até que se sentiu observado e girou sua cabeça para esquerda e lá estava uma jovenzinha ruiva, olhos claros, linda observando-o atentamente, Evan sentiu se atraído por aqueles lindos olhos como pela dona deles, aqueles cabelos brilhantes, avermelhados e ondulados presos num rabo de cavalo só a deixava mais sexy. seu rostinho angelical e as sardas evidenciadas no momento que corou por ser flagrada o paquerando... Evan se despediu e riu sozinho no trajeto de volta, cobrou seu raciocínio e decidiu que não ficaria pensando em uma garota primeiro era jovem demais, segundo ela não era o tipo de moça que faz sexo casual tinha doçura e timidez em seus olhos, e por ultimo não se sentia tão bem assim para conquistar a jovenzinha, mas que ideia porque ele iria querer conquistar afinal? Certamente a fome o deixou com a cabeça embaralhada.
Chegou em casa colocou seu carro na garagem e ao caminhar pelo corredor viu um papel em sua caixa de correspondência, se tratava de um convite da casa de shows playhouse.
" Sábado haverá um show especial das dançarinas mais lindas da Califórnia não perca esse show as 22h, você esta convidado!"
sorriu malicioso, gostava de ir para casa de shows quando recebiam participantes especiais, o movimento era maior e sentia-se menos observado dentre a multidão, uma das coisas chatas de ser policial é que algumas pessoas ficavam o encarando mesmo nas suas folgas achando que iria exercer sua autoridade naquele local.
Entrou fez um bom café, e tomou com os pães frescos da padaria .... e aqueles olhos e o rostinho angelical lhe passara na cabeça novamente como um flash, deve ser por se lembrar da padaria, então não compraria pão mais naquele lugar se fosse para ficar pensando na garota. Não gostaria de vê-la nunca mais, essa era regra de Evan nada de se interessar demais por mulher, elas ferem, machucam e destroem a dignidade de um homem.
......................................................
Ao entardecer Evan já estava trajado devidamente como capitão Smith, fez a barba e achou que deveria cortar seu cabelo na folga para não parecer um morador de rua e pela sua função claro, nada a ver com a linda ruiva que atormentou seus pensamentos o dia todo.
Chegou ao departamento vigésimo quinto de policia organizou as equipes e saíram fazer a ronda costumeira e seu carro iria fazer a segurança aos arredores da universidade naquela noite.
Por
volta da meia-noite Evan estava fazendo sua quinta ronda quando viu
Lilyth se equilibrando com as mão para o alto ... brincava nos
paralelepípedos em pé que cercavam os canteiros das arvores achou graça e
chegou a sorrir, de repente ela se desequilibrou e caiu seus
materiais espatifaram-se no chão. seus cabelos caíram em seu rosto e
Evan ficou observando por mais que tivesse vontade de levantá-la não
faria isso. Recolheu suas coisas, limpou sua roupa e caminhou três
quadras e entrou num portão azul, tinha um carro preto do outro lado
observando a garota e isso deixou o capitão um pouco nervoso. Parecia
coisa ligada ao crime.
A entrevista
Lilyth acordou animada sábado seria um grande dia, não atrasaria para a entrevista na Playhouse, sentia que aquele emprego traria algo novo a sua vida monótona, talvez pudesse investir num jeans novo e botas novas para o inverno. A empolgação de Lilyth durou até a campainha tocar e ela atender recebendo uma correspondência, uma nova ameaça.
" Quase vinte e um princesa, estou ansioso para tocá-la... "
Seu semblante endureceu, os olhos se encheram, jogou numa caixinha onde guardava todos essas correspondências esquisitas.
Logo seu telefone tocou era Cristie .
___ Oi amiga linda!
___ Oi Cris.
___ O que vai fazer hoje Lily?
Lilyth esqueceu a angustia anterior e engajou numa conversa animada com Cris...
__ Vou fazer uma entrevista para trabalhar na Playhouse nos sábados a noite, pretendo ganhar um extra, não sou de balada mesmo.
___
Nossa que legal, dizem que vai cada homem lindo naquele lugar, tem umas
moças que se apresentam no palco com coreografias sensuais, se é que me
entende.
___ Para de ser boba Cris não é porque sou B.V que não entendo essas coisas, eu só não sei como funciona...
___ Acho um absurdo isso Lily, você é linda experimenta beijar algum cara, quem sabe você sente...
___ Sinto o que?
___ Aí amiga não dá pra explicar, mas vai sentir sua calcinha molhada se algum rapaz a atrair muito.
___ Calcinha molhada? Fazia expressão de estranheza ...
___ É . Nunca ouviu a expressão fiquei de calcinha molhada?
___ Já, só achei que fosse de xixi, é estranho tinha um homem muito lindo na padaria e minha amiga disse isso a Carol...
____
Aí amiga você é tão culta, mas tão tapada precisa conhecer seu corpo,
ninguém chamou sua atenção ultimamente, porque você além de virgem é
sonsa meu deus....
___ Na verdade chamou, mas era mais velho, talvez seja casado...
Quase ficou surda com o grito agudo de Cris eufórica na linha oposta.
____ Quem é, melhor como ele é, como se chama?
____
Calma não sei nada dele, só que é chamado de ... Engoliu seco ele
realmente poderia ser casado, mas sua amiga não a prejudicaria.
___ Dê o que? Desembucha.
___ Sr. Smith.
___ certo como ele é?
___ Aí que vergonha, é alto, forte, olhos verdes profundos.
___ Nossa amiga pelo jeito você quer um deus grego para tirar sua pureza, de boba você não tem nada.
___ Para de ser boba.
___ Vou tentar descobrir quem ele é, se cuida beijos linda.
___ Tchau, beijos.
Lilyth
colocou o telefone sobre a mesinha e foi se trocar, sua beleza era
natural, mas botou um lindo vestido florido bem delicado, pós sandália é
um gloss nude sentia-se bonita seguiu para entrevista.
.......
No local indicado no folheto haviam poucas moças muito diferentes dela em geral tinham algo vulgar na aparência, e Lilyth teve medo de se arrepender afinal não sabia nem beijar.
Logo foi sua vez, era uma senhora muito elegante que as entrevistava.
Sentiu empatia por ela.
___ Bom dia flor, veio pela vaga de garçonete?
___ Sim, na verdade eu faço psico- pedagogia e preciso de um ganho extra.
___ Você é bonita Lilyth, mas nada de corpo amostra aqui, o cachê dos homens deve ser para as dançarinas.
___ Por mim está ótimo usaria uma túnica da cabeça aos pés sem reclamar, só preciso do emprego.
A mulher riu imaginando tal vestimenta nas garçonetes, e se agradou da jovem Lily.
___ O emprego é seu querida.
___ Quando começo?
___ Hoje mesmo as oito da noite e termina duas da manhã, espero que não seja empecilho para uma jovem de família como você?
Um pensamento passou rápido pela cabeça da garota, que era de família mas não tinha família, sentiu um nozinho na garganta.
___ Não será.
Se despediu e foi contente para casa, caminhando mesmo, não podia ficar pagando viagens toda hora.
........
As sete da noite foi para o banho, escolheu um jeans e uma camiseta comum, tênis no pé pouca maquiagem.
Chegando
a Playhouse foi apresentada a equipe foi orientada, e já sabia o que
serviria. Estava gostando, ganhou pequenas gorgetas e havia servido
pouco até às dez, mas essa era hora do show das meninas do Texas e
chegaram muitos homens inclusive um que ela jamais imaginou que estaria
ali, o "Sr. Smith" era bom vê-lo porque casado ele não era, mas ruim
veio ver outras garotas, sentiu-se chateada, foi recolher alguns copos
vazios das mesas, a maioria já estava próximo ao palco.
Ouviu uma voz rouca, intensa a suas costas, muito próximo.
____ Poderia trazer um wisk, garçonete?
Girou sobre os calcanhares lentamente, com medo de ser ele, mas agiu naturalmente.
___ Sim senhor.
____ Evan.
____ Oi?
____ Evan Smith senhorita...
____ Lilyth Carter.Prazer em conhecê-lo. Ela e sorriu docemente, para o não mais desconhecido lindo cara dos olhos verdes. Ele foi categórico apenas meneiou com a cabeça, e esboçou um ameaço de sorriso, não era de mostrar os dentes, mas estava encanto por ela.
Lilyth
foi buscar o drink, com um sorriso bobo na cara, pediu ao novo amigo,
Marlon que prontamente a atendeu com simpatia, ele era moreno forte e
tinha o cabelo liso, não era um galinha, tinha uma diva dos sonhos
Cristie, e Lilyth nunca poderia imaginar.
Voltou ao local que
atendeu Evan, mas não o encontrou, então começou a caminhar em direção
ao público, quando um cara estranho e visivelmente bêbado a puxou,
fazendo derrubar a bebida nele.
Lilyth encolheu confusa, com medo, nojo, raiva ainda estava presa pelas mãos ásperas do homem com cara de mau.
____ Me solta, eu só sirvo bebidas moço.
____ Eu quero você docinho.
____ Solte a garçonete. Evan apareceu atrás dela...
Meu herói carrancudo
Lilyth estava aflita, não era experiente mas pode notar como aquele homem tinha todas as segundas intenções, devorava-a com os olhos, sentiu muito medo pois sabia que com o barulho da boate ninguém ouviria seus gritos e que não saberia se defender. Sentiu uma onda de alívio quando ouviu Evan ordenar ao homem que a soltasse.
_ Quem você pensa que é seu engomadinho?
_
Sou Capitão Smith, e isso é uma ordem. Seu sangue fervia, não era como
se estivesse protegendo uma cidadã qualquer, havia possessão em suas
palavras, a veia do seu pescoço ficou saliente, e se tivesse poder como o
Superman nos olhos, aquele homem estaria somente cinzas no chão. O
desaforado empurrou Lilyth com raiva, deferiu lhe palavras sórdidas e
se retirou pisando duro. Por sorte Evan estava próximo e a segurou
firme.
_ Desculpe Lilyth, eu acabei esquecendo a bebida, um amigo me chamou para conversar.
_
Não precisa se desculpar Capitão, você me salvou. Os olhos molhados
dela e a voz embargada, mexeram com as estruturas de Evan além de
parecer uma menina, era frágil e delicada, sentiu o coração inflar no
peito cheio de vontade de envolvê-la num abraço protetor, queria
colocá-la no colo. Mas soltou a, respirou fundo e manteve a firmeza e a
formalidade esses sentimentos foram sufocados com uma resposta seca.
_ Não fiz mais que a minha obrigação!
Lilyth assustou-se mas se recompôs ia sair rápido, estava envergonhada, mas ele a segurou e perguntou.
_ Quantos anos você tem?
_ Quase vinte e um.
_ Porquê quase?
_ Faltam duas semanas para o meu aniversário.
_ Qual dia?
_ vinte três. E você
Evan
estava preocupado com a boate ter recolhido uma menor, não percebeu que
estava desenvolvendo um diálogo, do tipo quero te conhecer melhor, mas
achou que não haveria problema responder Lilyth, ela não era maliciosa
foi curiosidade ingênua como policial ele definia rapidamente as
expressões das outras pessoas...
_ Farei trinta no próximo mês, mas
já não comemoro mais, afinal é só a vida se encarregando de me
envelhecer, deu um sorriso amargo.
_ Você não é velho Evan.
Ele gostou de ouvir a garota chamando-lhe pelo nome e deu corda.
_ Como me define senhorita Carter?
Sussurrou quase inaudível, corando
_
Experiente e bonito. Então a pequena ruiva era sincera? Com toda
certeza isso o deixou satisfeito, pessoas falsas ou medrosas o enojavam.
O show das Texanas corria solto mas Evan não conseguia prestar atenção em outra coisa que não fosse a linda Lilyth.
Evan achou que por hora devia encerrar aquela conversa, que estava virando um flerte, coisa que ele não fazia, a mulher que o atraía, ele pegava, fodia e fim, essas frescuras de jovens de quinze anos, não faziam parte dele.
_ Ah me sinto honrado com o elogio mas não quero atrapalhar seu trabalho Lilyth, até mais.
Caminhou
para uma área aberta do salão tomar um ar, não sabia exatamente o que
estava havendo com ele. Mas sabia que ele estava fugindo do padrão
normal de comportamento habitual, Lilyth realmente estava despertando um
lado diferente de Evan que ele desconhecia e precisava refletir sobre
aquilo, estava ficando carente, enfraquecendo sua decisão ou era algo
maior e fora do seu controle? Porque uma garota tão despretensiosa e
tímida o deixava vulnerável, receptivo e cheio de desejo?
.........
Horas
mais tarde resolveu ir para casa, estava mais relaxado depois de dois
wisks dirigia com cautela, as ruas estavam desertas o frio da madrugada
estava se intensificando sua respiração sai em lufadas esbranquiçadas
pela boca, quando ouviu um grito choroso.
_ Me solta, eu não conheço você, SOCORRO!!!
E
por ironia do destino era Lilyth, sendo arrastada para um carro, o
mesmo que vira em frente sua casa no dia da ronda, aquilo estava
estranho, apertou o pé no freio, cantando os pneus assustou os bandidos,
saiu correndo para socorrê-la os caras encapuzados entraram rápido no
carro, um deles dizia.
_ Vai Lorenzo acelera, o patrão vai comer nosso fígado mas não temos saída.
Aproximou
se, e verificou como Lilyth estava. Estendeu-lhe a mão, para ajudá-la a
levantar, não passou despercebidoo joelho do jeans ralado pela
agressão, Evan sentiu raiva.
_ O que estava acontecendo?
_ Não sei
explicar chegaram do nada me chamaram pelo nome, então sairam me
arrastando, aliás obrigada novamente capitão, se tornou meu herói esta
noite.
_ Disponha. Estava mais solto e por isso não vestia a carranca agia normal, como seria o verdadeiro Evan, sincero e gentil.
Lilyth sorriu recordando que fora um herói carrancudo horas atrás.
_
Está sozinha? Claro que sim, que pergunta a minha; escuta mocinha não
pode caminhar pela rua a esse horário, porque não chamou um táxi?
Ela olhou para os pés e ponderou se respondia não queria ficar reclamando da sua vida financeira para ele.
_ Eu gosto de caminhar Capitão.
Aquele
jeitinho doce combinado com a voz agradável da garota e os olhos
receosos de quem sabia que seria repreendida o mirava de forma submissa.
Evan escutava sua explicação inalando o perfume suave e floral que
vinha dela, não estava conseguindo manter sua postura, Wisk e Lilyth
eram uma combinação arrasadora de capitães durões.
_ Venha eu levo você.
Mas ela nem imaginava que ele a levaria para casa dele.
Caminhou
ao lado dele que abriu a porta para que Lilyth entrasse um vento jogou
uma mecha dos cabelos macios e perfumados da ruiva e chicoteou o rosto
de Evan, que ao invés de movê-lo para o lado aspirou com veneração as
madeixas da moça, ela nem notou como diz Cris, Lilyth as vezes é muito
distraída
Seu cabelo estava com um perfume peculiar de pêssego com
baunilha, a garota era bem cuidada. Evan fechou a porta do passageiro, e
foi para o volante, ao longo do trajeto ela observou que não era aquele
o caminho da sua casa, e questionou.
_ Capitão onde estamos indo?
_ Prefiro que fique na minha casa hoje Lilyth, e também precisamos conversar. Ela concordou e respirou aliviada.
Capitão
Smith de outr'ora não faria isso, gosta de manter seu recanto em
particular, sendo um local exclusivo dele, mas dado a seriedade da
situação resolveu que não seria um incomodo, afinal a garota não era um
caso de uma noite, mas uma vitima e era seu dever protê-la.
Revelando o motivo
Chegaram a uma casa
grande, bonita, um jardim a frente da casa, passaram pelos portões Evan
estacionou sua SUV e abriu a porta para Lilyth, estendeu-lhe a mão e a
conduziu para porta de entrada ela estava encantada nunca ficou muito
próxima de rapazes de homens de tirar o fôlego como Evan então era coisa
das páginas de livros, ela estava se deliciando com Evan segurando sua
mão sentia o coração descompassado pois ele era apenas um sonho a dias
atrás, agora estavam debaixo do mesmo teto.
Chegaram a sala e ele a convidou para sentar, o sofá era tão confortável que Lilyth acabou bocejando.
_ Está cansada Lilyth?
_ Na verdade estou, trabalho de segunda a sexta-feira na padaria, faço faculdade, e agora sou garçonete aos sábados.
_ Nossa porque uma jovem como você trabalha tanto?
_Então é uma longa história, se tiver tempo posso lhe contar.
_ Bom amanhã é minha folga, fique a vontade.
_ Capitão vou falar da minha vida para você, se ajudar absorva, se não for interessante descarte e peço que não me julgue.
_ Sem problemas Lilyth só preciso de uma pista para proteger você.
Lilyth
arrepiou-se, sentiu-se emocionada nunca viu nem ouviu alguém preocupado
com ela, disposto a protegê-la do que quer que fosse.
_ Bom eu me
chamo Lilyth Carter, meu pai Thomas Carter, minha mãe se chama Lisa
Belmont separada do meu pai desde os meus cinco anos, ele vive em
Seattle minha mãe encontrou um brasileiro e foi com ele para o Brasil há
três meses, vovó vivia conosco faleceu, e eu sou a atual residente da
casa oitenta na rua Peterson Mota. Trabalho em todos os horários que não
seja do meu curso, pois todas as despesas são exclusivamente minhas.
Depois que minha mãe mudou recebo bilhetes me ameaçando mas não
compreendo.
_ Isso é caso de polícia Lilyth,se manifestou meio irritado Evan.
_ Eu sei, mas tive medo de denunciar e piorar minha situação.
_ O que escrevem?
_Geralmente dizem que sou pagamento de uma dívida da minha mãe, e que aos vinte e um serei levada.
Evan abre os olhos em espanto, esfrega os cabelos, não sabe por onde começar, sente o desespero o consumindo.
_ Filho da p*! Desculpe Lilyth odeio esse tipo de gente.
_ Calma Evan, minha mãe não emprestou dinheiro.
_
Você não entende garota, isso não importa eles sabem muita coisa sobre
você, estão te vigiando dia e noite, sabem do seu aniversário, sua idade
a qualquer momento vão te abordar novamente para te levar.
_ Mas porque eu?
_
Não sei, mas você vai dar queixa na delegacia, levar os bilhetes e
pedir proteção, essas são as medidas iniciais, para encontrarem o
bandido.
_ Tudo bem, eu farei isso.
_ Quer comer alguma coisa? Lilyth sentia fome pois não jantou mas negou.
_ Não, obrigada.
_ Venha vou mostrar o quarto de hóspedes, lá tem banheiro vou trazer uma toalha caso queira tomar um banho.
_ Nossa sua casa é grande, muito bonita, sua família é grande?
_ Não sou espaçoso mesmo, moro sozinho.
Lilyth
que já estava gamada bonitão ficou contente, pelo menos teve a sorte de
se interessar por um solteiro, já que tudo era difícil em sua vida.
Pobre moça não imaginava o tamanho do muro que Evan construiu em seu
coração birrento.
Chegaram numa porta no final do corredor e ele
mostrou um grande quarto muito bem arrumado, em seguida entrou no quarto
em frente, virou e disse.
_ Boa noite Lilyth, qualquer coisa é só chamar.
_ Boa noite Evan, obrigada mais uma vez, acho que chega de lhe dar trabalho.
_
Não foi nada. Evan sorriu e Lilyth sentiu uma moleza nas pernas, ele
tinha um sorriso lindo, talvez ela estivesse perto de saber o que as
garotas estão querendo dizer com os dizeres " fiquei de calcinha
molhada"
Sorriu com a mesma simpatia para ele que fitou seus lábios
por frações de segundo, por medo de errar encurtou a despedida e fechou
sua porta.
Ela tomou um banho gostoso, colocou um roupão e foi para
cama já passava das três da manhã mas não se importava estava segura,
poderia dormir bem.
........
Acordou com o sol alto, pulou na cama
desconhecida, por um curto tempo não sabia onde estava, então recordou
da noite passada, e que estava na casa de Evan.
Olhou
para a tela do smartphone, eram quase dez da manhã, sentiu seu rosto
aquecer, botou sua roupa, lavou seu rosto e escovou os dentes com o
dedo, arrumou a cama deu uma última conferida se estava tudo certo e
saiu para fora, e a visão que teve ao chegar no final do corredor e
olhar para cozinha acelerou seus batimentos, o capitão de calção sem
camisa fazendo panquecas e passando um café, Lilyth iria derreter a
qualquer momento, mas decidiu ser educada e falar com ele pois sair de
fininho seria ingratidão, embora tivesse com vontade de correr, ser
virgem não estava ajudando, sentia-se envergonhada.
_ Bom dia. Disse com um fiozinho de voz
_ Bom dia, e desculpe meus modos.
_ Não se incomode comigo, afinal quem está incomodando sou eu.
Evan
fitou seus olhos era incrível como estava difícil ser o casca dura de
sempre, a ruivinha era tão meiga que não sabia como agir.
_ Sente-se senhorita, tome um café.
Ela
aceitou, tomou seu café desviando os olhos do peitoral definido, em sua
frente, comeu um pequeno pedaço de panqueca e foi para pia lavar sua
louça, ele não gostaria de permitir mas precisava parar de ser agradável
com ela.
_ Bom já vou, até logo Evan.
_ Eu levo você, sua casa é longe daqui.
Lilyth ficou encarando ele sem entender como ele sabia, mas ele fingiu que não deu essa bola fora e foi para o carro.

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